Tecnologia: o que esperam os consumidores em 2019
Com tantas novidades a surgir, veja o que é tendência para este ano e como tirar proveito para o seu negócio
18 · 02 · 2019
Agilidade, comodidade e uma relação mais próxima com a máquina são alguns dos desejos do mercado de consumo para 2019. Uma pesquisa, feita com mais de 5 mil utilizadores avançados de internet, em 10 das principais cidades do mundo, demonstra que a tecnologia autónoma e preditiva do humor pode em breve ter um papel maior no dia a dia das pessoas.
Foram entrevistadas pessoas com idades entre 15 e 69 anos, com perfil de utilização média das novas tecnologias digitais. Veja cinco tendências pontuadas pelo estudo:
#1 Telemóveis que nos entendem e interagem connosco
Por enquanto, a tecnologia avançada contida nos smartphones é utilizada apenas para funcionalidades simples, como desbloquear o aparelho ou abrir alguma aplicação. Porém, o telemóvel é provavelmente o equipamento que mais possui sensores nas nossas casas.
Por isso, uma das tendências tecnológicas previstas para 2019 é a possibilidades de dispositivos móveis começarem a perceber o humor das pessoas. A inteligência artificial não só permite o reconhecimento digital e facial pelo smartphone como também já consegue perceber a personalidade do utilizador apenas ao “olhar” nos seus olhos ou “ouvir” a sua voz.
Os participantes da pesquisa, que usam assistentes virtuais, tal como Siri, Alexa e Google Now, acreditam que muito em breve os seus smartphones irão perceber as suas emoções. 42% dos entrevistados disseram que os aparelhos logo os entenderão melhor do que os seus amigos e mais de 60% pensam que os dispositivos que percebem o nosso humor serão predominantes em apenas três anos.
Na opinião de mais da metade dos utilizadores inquiridos, em breve, os assistentes virtuais farão parte até mesmo de discussões familiares. E 47% preveem que assistentes diferentes darão respostas também diferentes.
Para essas pessoas, a inserção de aparelhos com inteligência artificial no quotidiano já é natural, tanto que a maioria dos entrevistados também disse confiar mais numa máquina do que num ser humano para partilhar os seus segredos.
#2 A volta da privacidade
A sensação de estar a ser “vigiado” pelo telemóvel já é algo comum entre as pessoas. Mais de 45% dos consumidores pensam que as aplicações recolhem dados sobre si, mesmo quando não estão a usar o aparelho. Enquanto aproximadamente 52% já chegaram à conclusão de que as empresas recolhem mais dados do que necessário apenas para ter lucro.
Nesse contexto, a tendência é de que os consumidores comecem a evitar empresas que fazem uma má utilização das suas informações pessoais quando escolhem serviços e produtos. O mesmo vale para as companhias que tentam convencer os clientes a assinar os seus direitos a dados pessoais na internet. Os famosos cookies têm irritado 51% dos consumidores inquiridos.
Portanto, se depender da vontade do público, as políticas de privacidade na internet tendem a mudar de modo a que seja preservada a privacidade do utilizador, bem como o seu direito de escolha.
#3 Internet 5G
A velocidade de 1 Gb/s (Gigabit por segundo), prometida para a internet 5G é a grande expectativa dos utilizadores que já veem grandes vantagens nessa tecnologia, não só nos telemóveis como noutros dispositivos domésticos. A expectativa é de que a nova velocidade mobilize e automatize muitas áreas da vida quotidiana.
Aproximadamente 20% dos utilizadores de smartphones acreditam que a 5G melhorará a conexão de dispositivos IoT, como eletrodomésticos e serviços públicos. Outra aposta é na melhoria de aplicações com realidade virtual e realidade aumentada, principalmente para fazer compras.
O interessante é que a possibilidade de uma internet 5G gera a necessidade da criação de um dispositivo potente, como um telemóvel feito com inteligência artificial para que se consiga definir automação em massa, tornando-se um eixo inteligente para dispositivos IoT.
#4 Consumo sem intervenção humana
Muitas pessoas gostariam de evitar atividades do quotidiano, tal como reabastecer a cozinha, pagar as contas do mês e contratar serviços. Por isso, pelo menos metade dos entrevistados gostariam de automatizar tarefas do seu dia a dia. É o chamado “consumo zero-touch”, no qual um programa com inteligência artificial faz o trabalho todo sem nenhuma interferência do seu utilizador.
O estudo também revela que 47% dos utilizadores gostariam, por exemplo, de ter um assistente virtual para lidar com toda a vida financeira, o que inclui desde compras para a casa e pagamentos de contas até declarações fiscais. Essa realidade pode até parecer estar distante, tendo em vista que os humanos ainda são os beneficiários finais das automações domésticas, porém, 7 em cada 10 participantes da pesquisa acreditam que o “consumo zero-touch” será comum em apenas três anos.
#5 Novas habilidades: uma oferta da internet
Para os consumidores que participaram da pesquisa, a possibilidade de utilizar as tecnologias para desenvolver habilidades que não possuímos é uma forte tendência. Mais de 50% dos utilizadores de realidade aumentada ou realidade virtual querem aplicações ou aparelhos que ofereçam orientação virtual para tarefas práticas do dia a dia, como cozinhar, costurar ou fazer consertos.
Na pesquisa, mais da metade dos utilizadores de diferentes cidades do mundo posicionaram-se favoráveis à criação de acessórios e aplicações que interfiram diretamente nas suas habilidades. A maioria confirmou que utilizariam, por exemplo, luvas que ajudam na precisão dos movimentos das mãos para fazer algum reparo, de uma app que faz o mapeamento do que há na cozinha e indica como fazer uma refeição com esses ingredientes, ou ainda de uma experiência com realidade aumentada que digitalize o corpo e ajude o utilizador a aprender a dançar.
Portanto, uma forte tendência a partir de 2019 é que a internet entre no mundo físico de maneira literal, interferindo no modo de vida das pessoas e nos seus comportamentos de consumo. Agora, cabe às empresas perceberem como tirar proveito dessas situações e acompanhar as novas necessidades dos seus consumidores.