Quais as tendências do e-commerce em 2019?
Saiba mais sobre algumas das tendências que o e-commerce precisa de antecipar para vender mais e potencializar a experiência do cliente
15 · 02 · 2019
Nos últimos anos, a internet veio mudar não só a forma como nos conectamos com o mundo mas também a forma como compramos. As vendas online têm vindo a aumentar nos últimos anos e com a evolução das plataformas digitais surgem novas funcionalidades no e-commerce que atualmente já estão a ter impacto no consumidor.
Para se manter este canal competitivo é importante estar a par das tendências que estão a impulsionar ainda mais as vendas digitais e mudar a forma como cliente e marca se relacionam. Saiba quais são:
1- Gestão multicanal: integração de várias plataformas
Está provado que mesmo os millennials ainda gostam de fazer muitas da suas compras nas lojas físicas, no entanto, antes de comprarem, consultam informações sobre os produtos na internet. Diante desse cenário, assistimos a uma jornada de compras multicanal, com a integração de dispositivos móveis, geolocalização, redes socais e outras ferramentas que influenciarão a decisão de compra nas lojas físicas.
Um estudo da Think with Google mostrou que 85?s pessoas que ofereceram prendas no Natal e passagem de ano iniciaram o processo de compra num dispositivo (em mobile, numa rede social, por exemplo) e terminaram noutro (em desktop, já na loja online ou na loja física).
O mundo digital também irá proporcionar cada vez mais a abertura das chamadas lojas “Pop-Up Stores”, em que o cliente pode ter contacto com o produto, experimentar e realizar a compra através de meios digitais e receber a sua encomenda no conforto do seu lar.
2- Pickup store (Sistema compra e recolhe)
Com este modelo, o cliente encomenda o produto através do site e depois vai recolhê-lo à loja física. Atualmente é já bastante utilizado pelas grandes redes de retalho alimentar, como o Continente, pelos retalhistas de moda, como a Zara e a Salsa e também pelos de eletrónica de consumo, como a Fnac ou Worten.
Esse sistema é vantajoso para o consumidor, que não perde tempo em filas e estacionamento, e é uma prática ainda mais vantajosa para o retalhista que não precisa de se preocupar com o stock de produtos, uma vez que é possível fazer o pedido do produto de acordo com as vendas, e é mais uma oportunidade do cliente interagir com a marca e fazer uma compra adicional.
3- Realidade aumentada
Os smartphones estão cada vez mais sofisticados e já é possível utilizar os ecrãs para fazer simulações com os produtos que se quer comprar. Algumas lojas já oferecem esse tipo de experiência aos seus consumidores, que através de uma “viagem” virtual, podem personalizar um sapato, saber se uma cama caberá num determinado espaço, ou como será o quarto de hotel onde vão ficar.
A loja IKEA já oferece há algum tempo uma aplicação na qual os consumidores podem ver qualquer produto em 3D, experimentar e vivenciar como aquele objeto ficará em determinado espaço e partilhar essa experiência com outra pessoa.
4- Inteligência artificial
A utilização da inteligência artificial no universo do e-commerce tem como objetivo oferecer mais eficiência e facilidade no atendimento aos consumidores. Assim, dúvidas e resolução de problemas serão solucionados mais facilmente através das máquinas, o que reduz a espera e proporciona uma melhor experiência às pessoas.
A realidade virtual, através da sua capacidade de aprender com o comportamento do cliente, está a criar uma experiência de personalização perfeita. Os retalhistas estão a deixar de tratar de grupos de consumidores como um segmento uniforme, para criar produtos mais específicos adaptados a cada cliente.
Através deste sistema, marcas e retalhistas têm acesso a uma quantidade gigantesca de dados de comportamento e consumo de cada cliente, possibilitando também a criação de ações de marketing mais adequadas.
A Netflix já divide os seus 93 milhões de utilizadores globais de acordo com as preferências semelhantes entre filmes e programas de TV, promovendo recomendações baseadas no que é popular nessas comunidades.
5- Chatbots
Como vimos, a inteligência artificial irá mudar o atendimento, tonando-o mais acessível. E é neste contexto que aparecem os chatbots, que são máquinas que simulam o atendimento de um humano. Assim, as lojas podem atender os consumidores sete dias por semana em qualquer horário. Outra vantagem é que o atendimento é feito em diversos canais, capaz de funcionar em plataformas como Messenger, Whatsapp, Skype, no site da loja, por SMS e muitos outros lugares.
6- Comandos de voz
Procurar um produto através da voz vai ser cada vez mais frequente com a popularização dos assistentes virtuais como a Siri da Apple e a Alexa da Amazon. O desafio passa agora por disponibilizar dados e informações sobre os produtos baseados nas pesquisas por voz, com o intuito de otimizar e disponibilizar a lista em tempo real.
7- Entregas no próprio dia
Num ambiente competitivo, a rapidez da entrega dos produtos pode marcar a diferença na fidelização dos consumidores. Por isso, é preciso descentralizar os centros de distribuição e utilizar diversos stocks situados em locais estratégicos. Assim, é possível manter os produtos mais próximos do cliente final, reduzindo o tempo de entrega.
8- Novas formas de entrega
No ano 2019 os meios logísticos vão ganhar uma nova força no mercado, com os carros autónomos, que tornam as entregas mais rápidas e a qualquer momento do dia.
Empresas como a Amazon já apostam em drones para fazer esse trabalho nos Estados Unidos. É uma novidade interessante para os restaurantes, uma vez que não é preciso motorista e amplia a possibilidade de entrega para 24 horas por dia.
9- Criptomoedas
Existe uma série de benefícios quer para quem compra como para quem vende produtos online utilizando criptomoedas, como o custo de transação, a velocidade de entrega, a ampliação de fronteiras com a venda internacional e a segurança.
10- Modelos de subscrição
É um modelo comum no que se refere a jornais e a revistas, mas atualmente existe um interesse crescente dos clientes em receber, mensalmente, outros produtos, tais como alimentação, cosméticos e higiene. Isso deve-se essencialmente aos preços mais baixos e à comodidade de não precisar de repetir o processo de compra com frequência.
A longo prazo, a ausência da presença digital terá, muito provavelmente, consequências desastrosas para as empresas do sector, sobretudo perante a exigência do consumidor de aceder a qualquer loja, a qualquer momento. Sem uma presença online, a loja tenderá a desaparecer da lembrança do consumidor e poderá ser substituída por outra qualquer marca que se posicione mais rápida e eficazmente no canal digital.
Relativamente às lojas virtuais já existentes, para permanecerem competitivas é fundamental que se adaptem aos novos processos que já estão a trazer implicações no mercado global e a ditar cada vez mais as regras e os comportamentos do consumidor.