Internet das Coisas: uma amostra do futuro

Não podemos falar em revolução tecnológica sem incluir a definição de Internet das Coisas

07 · 12 · 2018

É um fenómeno atual em evolução que vai estar presente inevitavelmente no nosso futuro e não é difícil entender o porquê. As vantagens são inúmeras e a tecnologia já está a mudar a forma como interagimos com o mundo e, principalmente, como o mundo interage connosco. É um conceito que influencia a maneira como vivemos mas também como trabalhamos.

O que é? 

A falta de tempo das pessoas resultou da necessidade da criação de dispositivos ligados à internet que executassem tarefas que não precisaríamos fazer.

Apesar de estarmos habituados ao uso da internet nos smartphones, computadores, Smart tv e jogos, a ideia não é ter mais um aparelho com internet mas fazer com que os dispositivos se tornem mais eficientes. Que contribuam para melhorar a saúde, otimizar e preservar recursos naturais e outras funcionalidades igualmente importantes.

A Internet das Coisas é uma tradução da expressão em inglês Internet of Things, que descreve um panorama em que diversos objetos ou aparelhos estão conectados e se comunicam através da internet. Esta tecnologia tem como objetivo aproximar o mundo físico do virtual, com a ligação das coisas que usamos no dia a dia à internet.

Ou seja, os objetos estão conectados entre si e através da rede trocam informações para facilitar ou criar diversas ações.

E se perguntarmos, como poderia ser usado numa situação doméstica?

Um frigorífico, por exemplo, pode ter a capacidade de avisar quando um alimento está acabar, e até pode conseguir fazer uma pesquisa e encontrar os estabelecimentos comerciais com os melhores preços para comprar esse artigo. Ou então ser capaz de sugerir receitas com as opções disponíveis.

Ou se pensarmos num termómetro com a capacidade de verificar na internet as condições climáticas do seu bairro e ajustar o ar-condicionado à temperatura ideal.

E num contexto empresarial, como seria?

O futuro do mercado

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Foto: Divulgação

A Internet das Coisas tem como objetivo criar um ecossistema de objetos capazes de produzir valor não só individualmente, mas também dos sistemas dos quais fazem parte. Neste sentido, destacam-se os dados que estão a ser gerados por este sistema e que podem ser consolidados em informação útil e de valor acrescentado.

A Iot não se restringe a uma área ou a um sector de atividade. Independentemente do propósito para que é utilizada, é um dos principais impulsionadores da materialização de conceitos e da transformação nas nossas organizações através da otimização de processos e criação de novos produtos e serviços para o consumidor final.

Geralmente pensamos que esse conceito só pode ser usado e aproveitado por grandes empresas ou órgãos públicos, mas também pode ser aproveitado em diversos negócios, como por exemplo: 

Retalho

A Internet das Coisas pode ser aplicada para informar instantaneamente quando um produto é vendido e atualizar automaticamente o stock da mercadoria. Num parque de estacionamento pode mostrar a localização do carro e o tempo que está estacionado.

Área da saúde

Diversos sistemas podem ser desenvolvidos para melhorar a administração de medicamentos, para acompanhar o estado físico e pressão cardíaca de pacientes, entre outros.

No setor da agropecuária

Já existem sistemas com sensores que enviam notificações sobre o estado do cultivo, as condições do clima, do solo, localização de terrenos e até controlo de pragas.

A internet em todo lado

Torna-se evidente o potencial de valor e oportunidades que a Internet das Coisas pode acrescentar aos negócios nas mais diversas áreas, promovendo o desenvolvimento dentro das organizações. A otimização de processos já existentes e a criação de novos modelos de negócio e serviços são duas das potencialidades que esta tecnologia pode trazer. É mais do que tecnologia, é uma oportunidade única para as organizações repensarem atividades, serviços, produtos e modelos de negócio.

Qualquer objeto pode fazer parte da Internet das Coisas

Não há limites nos objetos físicos que podem ser conectados, desde que ofereçam funções. Uma lâmpada, por exemplo, pode ser controlada à distância ou a partir de sensores de movimento ajustados por uma aplicação.

Tudo pode ser controlado por apenas um dispositivo

Este sistema vem facilitar o uso de determinados aparelhos e a realização de ações. A maior parte dos dispositivos podem ser controlados a partir de um único smartphone ou tablet, desde que esteja conectado à rede de internet.

A proteção é a maior preocupação 

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Foto: Divulgação

Por ainda ser recente, a Internet das Coisas é vulnerável a hackers tal como os computadores, o que tem levantado debates sobre a privacidade na rede.

A inexistência de softwares de segurança para esses aparelhos pode permitir o acesso ilegal de arquivos sensíveis, senhas ou até mesmo aos microfones, câmaras e sensores do objeto, permitindo que monitorem todas as atividades domésticas dos utilizadores.

Para funcionar com comandos de voz, por exemplo, muitos dispositivos da Internet das Coisas ficam sempre ligados e fazem gravações até identificarem uma palavra-chave que ative as suas funções. Dessa forma, alguns aparelhos podem por em perigo informações sobre o utilizador.

A segurança passou a ser um ponto sensível nos serviços online e empresas que trabalham nesta área. A Internet das Coisas obrigou à tomada de medidas de segurança por parte das empresas, através de protocolos de segurança e o controlo de dados e ligações de rede. Grande parte da prevenção é feita através de análises e testes diários realizados por profissionais, para garantir que não existem falhas de segurança dentro dos servidores.

Posto isto, a Internet das Coisas apresenta um avanço considerável da tecnologia e nas formas de interação de dispositivos. Porém, devido às vulnerabilidades, a tendência é que cresçam as ameaças à segurança, assim como as formas de combate aos ataques.