Big Data: dados que definem o sucesso das empresas

Definir dados e transformá-los em informação é o que o Big Data promete e é essencial para o sucesso dos negócios da actualidade

05 · 12 · 2018

As ações diárias da sociedade - desde manifestações de utilizadores das redes sociais a registos empresariais e movimentações financeiras – tornaram-se dados valiosos para as empresas que podem ser utilizados para conhecerem melhor os seus clientes, entenderem o seu comportamento de compra e até prever uma crise no setor ou evitar a perda de clientes para a concorrência. 

Numa realidade cada vez mais interativa e dinâmica, o acesso à informação sobre mudanças no mercado é imprescindível para sobreviver num universo empresarial. E é aqui que entra o Big Data enquanto segredo do sucesso no trabalho.

Uma investigação feita pela Universidade de Oxford, ainda em 2013, mostrou que 53?s organizações já utilizavam Big Data para compreender e melhorar a experiência do cliente. Mas, as potencialidades dessa tecnologia vão muito além da experiência do cliente. É possível também usar essa tecnologia para aumentar a segurança, reduzir custos, otimizar processos e até prever movimentos de mercado antes da concorrência.

O que é?

Big Data é um conjunto de dados armazenados, grandes e complexos, de origens diversas, que se deslocam a uma velocidade cada vez maior. Dados que são tão volumosos, que um software de processamento de dados tradicional não consegue controlá-los.

Antes do Big Data, as fórmulas matemáticas e técnicas avançadas de probabilidades e estatística eram executadas manualmente e trabalhavam com uma capacidade reduzida de variáveis. Com a chegada desses processadores de grande capacidade e de uma velocidade impressionante, foi possível passar todos esses cálculos para softwares desenvolvidos especialmente fabricados para transformá-los em informações estratégicas a qualquer momento.

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Os três "Vs" do Big Data

Volume:

O Big Data processa grandes volumes de dados não estruturados de baixa densidade. Podem ser dados de valor desconhecido, como por exemplo o feeds de dados do Twitter, ou fluxos de visualizações numa página de Internet, ou uma aplicação para telemóveis ou um equipamento habilitado para sensores. 

Velocidade:

É com rapidez que os dados são recebidos e utilizados. Normalmente, a velocidade mais alta dos dados é transmitida diretamente para a memória, em vez de ser gravada no disco. Alguns produtos inteligentes habilitados para a internet operam em tempo real e exigem avaliação e ação em tempo real.

Variedade:

Refere-se aos vários tipos de dados disponíveis. Com o desenvolvimento do Big Data, os novos tipos de dados não vêm estruturados. Esse tipo de dados, como texto, áudio e vídeo, requer um pré-processamento adicional para obter significado e suportar meta-dados.

Mais dois "Vs" surgiram nos últimos anos: valor e veracidade

“Os dados são verdadeiros? Pode confiar neles?”, é a questão que se impõe quando falamos de Big Data.  

Uma grande parte do valor que as grandes empresas oferecem é conseguida através dos seus dados que analisam constantemente para produzir com mais eficiência e desenvolver novos produtos. Os recentes avanços tecnológicos reduziram exponencialmente o custo de armazenamento e de cálculo de dados, e tonou-se mais fácil e menos dispendioso recolher dados. Com uma capacidade maior de Big Data agora fica mais barato e mais acessível tomar decisões de negócios mais precisas e corretas.

Posto isso, encontrar valor no Big Data não é apenas analisá-lo, mas é também um processo de descoberta completo que exige analistas perspicazes que fazem as perguntas certas, reconhecem padrões, fazem suposições informadas e preveem comportamentos.

Big Data e retalho 

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Foto: Divulgação

No sector do retalho, a solução passa por usar informação obtida através de dados para a otimização de negócios, mas o setor nem sempre consegue lidar com a imensidade que pode recolher. E o Big Data pode ajudar da seguinte forma: 

Rede de fornecedores

Os dados podem ajudar os retalhistas a obterem uma visibilidade geral da rede de lojas, algo que permite otimizar os esforços no controlo de qualidade. Através de sensores podem ser alcançados dados de rastreio, localização de produtos e circulação na rede de retalho em tempo real. 

A partir das cabines de prova

Alguns retalhistas usaram espelhos “inteligentes” em provadores para obter dados sobre hábitos de compra e assim realizar recomendações. Esses mesmos dados permitem obter informações sobre a reação de clientes aos produtos.

Para tomar decisões sobre os colaboradores

Através dos dados nos pontos de venda e dispositivos móveis, os retalhistas conseguem mais informações sobre os seus empregados. Os sistemas de medição estabelecem o número de clientes atendidos, o tempo médio de resposta e a frequência de vendas. Os dados são disponibilizados por região, loja ou secção.

No espaço de venda

A reprodução rápida dos dados permite obter uma visão imediata do que está a ser vendido e do que fica na prateleira das lojas e assim adaptar os preços e ofertas. Desta forma, atraem-se clientes, são obtidas informações sobre a procura e podem realizar-se transferências mais eficientes.

Para criar uma oferta personalizada

Ainda que a maior parte dos dados seja generalista, existe a possibilidade de obter informações sobre determinados tipos de cliente, o que permite personalizar conteúdos para esse tipo de consumidor, incluindo aqueles que não são habituais. Desta forma, vai melhorar a experiência de aquisição global dos clientes.

Pontos de venda

Os dados dos pontos de venda são a mais importante fonte de informação para compreender o passado, controlar o presente e determinar o futuro. Assim, os retalhistas sabem que ações devem tomar, desde mudanças nas vendas e resolução de problemas na loja como, por exemplo, que formação devem dar aos empregados.