A tecnologia já está a mudar a experiência do cliente
Na conferência “Retail Innovations 2018”, os dois oradores analisaram o presente e falaram sobre o futuro num contexto em que a tecnologia está a mudar o setor do retalho.
08 · 11 · 2018
As vantagens da tecnologia são inúmeras e já estão a mudar a forma como interagimos com o mundo e, principalmente, como o mundo interage connosco. No retalho, a solução passa por usar as novas tendências para a otimização dos negócios, mas o setor nem sempre consegue antecipar as mudanças e corresponder ao novo comportamento de compra do consumidor. Posto isto, será que os portugueses estão preparados para o futuro?
A resposta a esta pergunta foi dada na segunda parte da manhã da conferência Retail Innovations 2018, com o segundo tema do dia, Tech Trends, através de um estudo apresentado pelo partner do IMR, Marcos Henriques, sobre “Como os portugueses admitem reagir ao futuro tecnológico do Retalho”.
Baseado nos dados do IMR sobre o “novo El Dorado”- a nova riqueza das empresas- o orador concluiu que a maioria dos portugueses sente que a sua vida privada é muito observada pelas empresas, mas que a disponibilidade para ceder os seus dados pessoais aumenta se existir confiança nas marcas ou se assumirem uma utilização ética. “Os clientes disponibilizam-se assim mais facilmente para obter informação sobre produtos ou serviços ou quando reconhecem benefícios na cedência de informação”, frisou.
Relativamente a situações imersivas, o estudo concluiu que os portugueses já reagem bem à tecnologia que permita, não só vivenciar a utilização dos produtos antes da compra, como também eliminar obstáculos.
No entanto, segundo o orador, “ os portugueses ainda não estão preparados para aderir a tecnologias “intrusivas”. Já admitem a interação com robots mas ainda de forma contida”, afirmou Marcos Henriques.
Sobre a compra por voz, os portugueses, apesar de saberem da existência de assistentes vocais, ainda não assimilaram a vantagem desse método. Apenas 30% consideram que pode facilitar a compra.
A segunda parte do tema recaiu sobre “as 15 tendências tecnológica que irão impactar o retalho no mundo, com exemplos práticos e o impacto da gestão pós-digital no retalho”, apresentada pelo anfitrião João Ferreira, partner do IMR.
De acordo com o orador, a primeira tecnologia a ser apresentada, a IA (inteligência artificial), está a ser mais utilizada no backoffice. “A grande maioria das ações de inteligência artificial no retalho estão muito relacionadas com a diminuição de custos e eliminação de disfunções que criam fricção com o consumidor”, declarou.
Sobre Big Data, João Ferreira assegurou que os “dados deixaram de ser o ponto de chegada, para se tornarem no ponto de partida”. Ou seja, servem para tomar decisões com vista à otimização das empresas.
Para o partner do IMR, a Interactive Voice veio revolucionar o mundo do retalho porque “é através da voz que a compra vai ser feita no futuro”, considerou. Deu como exemplo a Alexa, uma assistente virtual desenvolvida pela Amazon que já existe desde 2014.
A quarta tecnologia apresentada foi a “Internet da Coisas”, que possibilita fazer o checkout automático, descontos personalizados, atualização dos stocks, gestão das prateleiras, prateleiras inteligentes e optimização de layout das lojas.
Como quinta tecnologia destacou o Chatbots, um instrumento de comunicação e dinamização das lojas que serve especificamente para orientar o cliente.
Outras tecnologias também foram mencionadas nesta apresentação mais resumidamente: a realidade aumentada, a realidade virtual, o reconhecimento da imagem, a digital store, o neuromarketing, a gamificação e o holograma.
Posto isto, o orador concluiu que “as novas realidades implicam a capacidade do retalho de aprender a atuar numa lógica de efemeridade, no qual os novos consumidores estão a deixar de ser compreensivos e querem cada vez mais liberdade para mudar o rumo da vida pessoal e profissional”.
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